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Mitra

Simbolismo #

A mitra usada pelo bispo simboliza um capacete de defesa que deve tornar o prelado terrível aos adversários da verdade. Por isso, apenas aos bispos, salvo por especial delegação, cabe a imposição do Espírito Santo no sacramento do Crisma ou Confirmação.


Fachada de um restaurante em Cambridge, UK "Mitra"

Definição #

A mitra é um tipo de cobertura de cabeça fendida, consistindo de duas peças rígidas, de formato aproximadamente pentagonal, terminadas em ponta, por isso, às vezes chamadas corno ou cúspides, costuradas pelos lados e unidas por cima por um tecido, podendo ser dobradas conjuntamente. As duas cúspides superiores são livres e na parte inferior forma-se um espaço que permite vesti-la na cabeça.

Há duas faixas franjadas na parte posterior, chamadas ínfulas, que descem até as espáduas. Na teoria, a mitra sempre é supostamente branca.


Na Saúde #



Válvula Mitral

Válvula mitral, valva mitral, válvula bicúspide ou valva atrioventricular esquerda é a válvula cardíaca que separa o átrio esquerdo (aurícula esquerda) do ventrículo esquerdo, impedindo que o sangue recue para a aurícula após ser bombeado desta para o ventrículo.

Anatomia

É composta de um anel de sustentação, que fixa dois componentes ou cúspides. Estes são ancorados à parede do ventrículo através de dois conjuntos de pequenos tendões (cordas tendíneas), um por cúspide, ligados a um músculo papilar.


Ciclo cardíaco

Esta válvula, juntamente com a tricúspide, do lado direito do coração, fecha-se quando ocorre a sístole ventricular, fazendo com que o sangue continue o seu percurso unidirecional seguindo pela artéria aorta e não recuando à aurícula. Esta válvula abre-se novamente quando ocorre sístole atrial, deste modo o sangue passa para o ventrículo. A bicúspide possui também a designação "mitral".

Ela se encontra aberta na diástole cardíaca, permitindo a passagem do sangue do átrio para o ventrículo. Quando ocorre a contração do ventrículo, na sístole cardíaca, esta válvula se fecha, impedindo o refluxo do sangue.


Significado clínico



Doenças

Existem algumas valvopatias que afetam a valva mitral. A estenose mitral é um estreitamento da válvula.

O prolapso da válvula mitral é causado por um excesso de tecido conjuntivo que engrossa a camada esponjosa da cúspide e separa os feixes de colágeno na fibrose. Isso enfraquece as cúspides e o tecido adjacente, resultando em aumento da área da cúspide e alongamento das cordas tendinosas. O alongamento das cordas tendinosas muitas vezes causa ruptura, geralmente às cordas conectadas à cúspide posterior. Lesões avançadas — também comumente envolvendo o folheto posterior — levam ao dobramento, à inversão e ao deslocamento do folheto em direção ao átrio esquerdo.

Um prolapso de válvula pode resultar em insuficiência mitral, que é uma regurgitação ou refluxo de sangue devido ao fechamento incompleto da válvula.

A doença cardíaca reumática frequentemente afeta a valva mitral. A valva também pode ser afetada por endocardite infecciosa.

A cirurgia pode ser realizada para substituir ou reparar uma válvula danificada. Um método menos invasivo é o da valvoplastia mitral, que utiliza um cateter balão para abrir uma válvula estenótica.

Raramente pode haver uma forma grave conhecida como calcificação caseosa da válvula mitral que pode ser confundida com massa intracardíaca ou trombo.

História #

A mitra pontifical é da origem romana, sendo derivada de uma cobertura de cabeça não litúrgica, exclusiva do papa, o camelauco, do qual também teve origem a tiara. O camelauco era usado antes do século VIII, como se relata na biografia do Papa Constantino, no “Liber Pontificalis”. O nono ‘’Ordo’’ indica que o camelauco era confeccionado de um material branco e tinha a forma de um capacete. As moedas dos papas Sérgio III e Bento VII, em que São Pedro usava um camelauco, dão a este a forma de um cone, que é a forma original da mitra. O camelauco foi usado pelos papas principalmente durante as procissões solenes. A mitra evoluiu do camelauco, no curso do século X, quando o papa começou a usar a mitra durante procissões à igreja e também durante o serviço religioso subsequente. Não se pode afirmar que tenha havido alguma influência do ornamento de cabeça sacerdotal do sumo sacerdote do Antigo Testamento. Foi só após a mitra estar sendo universalmente usada pelos bispos, é que se levantou a hipótese dela ser uma imitação da cobertura de cabeça sacerdotal judaica.

Janice Bennett, em seu livro “Sacred Blood, sacred Image” , cita uma tradição seguida por Tadeu de Edessa, de que no cristianismo, a mitra desenvolveu-se a partir da prática de São Pedro colocar o Sudário em sua própria cabeça, como símbolo de um ministério curativo. Tal fato não encontra nenhum respaldo histórico ou teológico.

Desde o século XVII tem se escrito muito sobre em que tempo a mitra começou a ser usada na liturgia. Alguns autores creem que seu uso é anterior aos tempos apostólicos, portanto anterior ao cristianismo. Segundo outros, remonta aos séculos VIII ou IX. E uma terceira corrente afirma que ela surgiu por volta do início do segundo milênio, sendo que antes era usado um ornamento para a cabeça na forma de grinalda ou coroa.

O certo é que um ornamento episcopal para a cabeça, na forma de uma faixa, nunca existiu em Europa ocidental, e que a mitra foi usada primeiramente em Roma por volta da metade do século X, e fora de Roma no ano 1000. A prova Exaustiva para isto é dada no trabalho "Die liturgische Gewandung im Occident und Orient" (pp. 431-48), onde todas as teorias da origem da mitra são estudadas. A mitra é descrita para a primeira vez em duas miniaturas do começo do século XI; uma destas miniaturas está em um registro batismal, a outra num pergaminho do Exultet, da catedral de Bari, Itália. A primeira referência escrita sobre a mitra é encontrada numa bula de 1049, do Papa Leão IX. Nesta o papa, que tinha sido anteriormente bispo de Toul, na França, confirmou a primazia da igreja de Tréveris ao bispo Eberardo de [Tréveris]], anteriormente seu metropolita que o tinha acompanhado a Roma. Como um sinal desta primazia, o Leão IX concedeu ao bispo Eberardo a mitra romana, a fim de que pudesse a usar de acordo com o costume romano, ao executar os ofícios da igreja. Pelos anos 1100 a 1150, o uso da mitra já havia se generalizado entre os bispos.

Os cardeais já usavam a mitra no fim do século XI, provavelmente tendo adquirido este direito na primeira metade daquele século. Leão IX concedeu este privilégio aos cônegos da catedral de Besançon, em 1051. Os cardeais, certamente, gozaram deste privilégio, anteriormente a esta data. A primeira concessão de uma mitra a um abade data do ano 1063, quando o Papa Alexandre II concedeu a mitra ao abade Egelsino, na Abadia de Santo Agostinho, em Cantuária. Desde então as concessões aos abades foram aumentando até se generalizarem.

Também aos príncipes cristãos foi concedida, por vezes, a permissão de usar a mitra, como uma marca da distinção. Por exemplo, o Duque Wratislaw, na Boêmia recebeu este privilégio do Papa Alexandre II, e Pedro de Aragão recebeu idêntica distinção de Inocêncio III. O Imperador alemão também gozou deste direito.


Mitologia Persa

Mitra ou Amigo é o deus do Sol, da sabedoria e da guerra na mitologia persa. Ao longo dos séculos, foi incorporado à mitologia hindue à mitologia romana. Na Índia e Pérsia, representava a luz, significando, literalmente, em persa, "Divindade solar". Representava também o bem e a libertação da matéria. Era filho do deus persa do bem, Aúra-Masda, e lutava contra os inimigos deste com suas armas e com seu javali Verethraghna. Era identificado com o sol, viajando todos os dias pelo céu com sua carruagem para espantar as forças das trevas. Era uma das mais populares divindades persas. Com sua adoção pelos romanos, tornou-se especialmente popular entre os soldados, que lhe ofereciam touros.[2]

Existem referências a Mitra e a Varuna de 1 400 a.C. como deuses de Mitani, no norte da Mesopotâmia.[3]. Entre os persas, apareceu como filho de Aúra-Masda, deus do bem, segundo as imagens dos templos e os escassos testemunhos escritos. Mitra nasceu perto de uma fonte sagrada, debaixo de uma árvore sagrada, a partir de uma rocha (a petra generatrix; Mitra é, por isso, denominado de petra natus). Sua primeira menção é de aproximadamente 3400 anos atrás, sendo descrita como companheira de Varuna, o deus do equilíbrio e da ordem do cosmo. Por volta do século V a.C., passou a integrar o panteão do zoroastrismo persa: a princípio, como senhor dos elementos; depois, sob a forma definitiva do deus solar.

Após a vitória de Alexandre, o Grande, sobre os persas, o culto a Mitra se propagou por todo o mundo helenístico. Nos séculos III e IV da era cristã, as religiões romanas, identificando-se com o caráter viril e luminoso do deus, transformaram o culto a Mitra no mitraísmo.


Na Saúde


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